SER SOL, SER FAROL, SER LUZ

terça-feira, 11 de maio de 2021

LAIRA, JUSCEMAR E PABLO - 1V01 E V02- ESTUDO ORIENTADO

"Devia ter amado mais/Ter chorado mais/Ter visto o sol nascer/ Devia ter arriscado mais/ E até errado mais/ Ter feito o que eu queria fazer." Amar... Amar as diferenças e as semelhanças. A vida é feita de sentimentos e de escolhas. Quando se escolhe viver na Paz é preciso adotar o Amor como sentimento. Quando se escolhe viver em harmonia é preciso adotar a paciência como atitude. Quando se quer viver as vitórias é preciso adotar a dedicação e a perseverança como companheiras constantes. Não se pode esquecer que cada ser é único com suas peculiaridades. Disciplina: Estudo Orientado. Objetivos: Compreender a formação do povo do Espírito Santo. Professor: Mariana. Que não percamos o foco! Que o Amor a paciência e a perseverança sejam sempre atitudes adotadas por todos. Bons estudos, nobres alunos!


Texto I - 

Povos indígenas no Espírito Santo

No Espírito Santo, existem duas etnias, os povos indígenas Tupinikim e Guarani Mbya. Ambos situam-se em Aracruz, município localizado no litoral norte do estado e distante da capital Vitória cerca de 83 kilômetros. A presença dos povos Tupinikim no estado é anterior à chegada dos europeus ao Brasil. Denominados de Tupinikin, Margaiás, Tuaya ou Tupiniguin, esses índios habitavam uma faixa de terra litorânea compreendida entre Camamu e o rio Cricaré ou São Mateus, abrangendo, portanto, terras da Bahia e do Espírito Santo. Entretanto, a ocupação das terras atualmente restringe-se apenas ao município de Aracruz.

Desde os primórdios da colonização da capitania do Espírito Santo, ocorreram lutas entre índios e portugueses. Em 1535, relatos de que o donatário Vasco Fernandes Coutinho teria enfrentado os indígenas a partir da edificação de Vila Velha. Os índios contrários ao projeto colonial refugiaram-se na Mata Atlântica, de onde investiam contra os núcleos coloniais e seus moradores.Além disso, como forma de resistir à colonização portuguesa, os Tupinikim, situados próximos ao rio São Mateus, preferiram aliar-se aos franceses ajudando-os a carregar seus navios com pau-brasil. Devido à aliança com os franceses, os índios sofreram severas punições por meio de guerras. Durante a segunda metade do século XVI, os Tupinikim estavam reduzidos numericamente, devido à escravização, à destruição das aldeias e à dizimação.

No século XVI, com intuito de evitar a resistência indígena na capitania, os portugueses passaram promover aldeamentos ao longo do litoral. Nessa época, foram criados os aldeamentos de Reritiba, Iriri, Guarapari e Vitória. os Tupinikin, originários de Pernambuco, eram uma tribo derivada dos Tupinambás, tendo migrado rumo ao sertão e litoral sul.No século XVII, os Tupinikim aldeados haviam perdido seus padrões de cultura, encontrando-se, pois, destribalizados. Em 1617, um grupo de 500 índios sofreu um longo deslocamento a fim de servir como mão-de-obra na região de São Pedro da Aldeia, atual Cabo Frio. 

No século XVII, os Tupinikim encontravam-se falantes da língua geral e convertidos ao cristianismo.Durante o século XVII até o início do século XIX, os indígenas do litoral do Espírito Santo passaram a sofrer ataques dos Botocudos, principalmente nas regiões entre os rios Doce e Mucuri. A política indígena do governo imperial promovia ataques de extermínio aos Botocudos, considerados como ameaça à civilização.Diante desse contexto, os Tupinikim eram submetidos às pressões dos Botocudos que promoviam ataques incessantes às suas regiões e também eram perseguidos pelo governo oficial, pelo fato de serem índios.

Nesse ambiente de pressões, os Tupinikim preferiam assumir-se como caboclos, falando a língua nacional e mestiçando-se com intuito de sobreviverem à tamanhas adversidades as quais eram submetidos… Durante os séculos XIX e XX os Tupinikim viviam incorporados à sociedade nacional. A presença de povos indígenas não era reconhecida oficialmente pelo governo.No século XX, os povos Tupinikim viviam de maneira esparsa no município de Aracruz. Seus núcleos familiares eram distantes uns dos outros. Sobreviviam principalmente da coleta de mariscos. Alguns índios trabalhavam na cidade exercendo atividades como domésticas, pedreiros, pescadores, carvoeiros, dentre outros.



TEXTO II 

Heranças culturais indígenas


O cupuaçu, o caju e a farinha de mandioca são algumas das influências  culturais indígenas na sociedade brasileira. Quando pensamos nos primeiros povoadores do Brasil, a chegada dos portugueses nos vem à cabeça.  Mas isso está mudando, pois      em alguns livros didáticos  temos presente a história dos povoadores indígenas como as primeiras populações que habitaram o território brasileiro.


Do ano de 1500, momento da chegada dos europeus, até os dias atuais, a população indígena diminuiu drasticamente, de três a cinco milhões de índios para, atualmente, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), 358 mil índios.Mesmo depois de os povos indígenas terem passado pelo processo de conquista e extermínio, eles nos deixaram diversas práticas culturais. Demonstrar algumas dessas práticas presentes em nossa sociedade será o nosso objetivo neste texto. Segundo o folclore brasileiro, existia a lenda do curupira (ser habitante das florestas brasileiras), cuja principal atribuição seria proteger animais e plantas.


Sempre recorrente nas lendas, o curupira tinha os pés com calcanhares para frente para confundir os caçadores. Conforme o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o curupira não existiu, mas os indígenas tinham o hábito de andar para trás, para confundir os europeus e bandeirantes.A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas. Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou estudo, a primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços. Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando estão em suas casas.O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas. Quase sempre os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de suas ocas (suas habitações nas aldeias). 


A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti). Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade. 


A influência cultural indígena na sociedade brasileira não para por aí: a língua portuguesa brasileira também teve influência das línguas indígenas. Várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar que foi mato”, em que “ibira” quer dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que foi. O rio Tietê em São Paulo também é um nome indígena que significa “rio verdadeiro”). Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira uma diversidade cultural que foi importante para a formação da população brasileira.




TEXTO III

Influência da cultura indígena em nossa vida vai de nomes à medicina

 

É provável que você conheça alguém chamado Ubiratan ou Jacira. Pode ser também Iracema, Tainá, Cauã ou Jandira. Quem vive ou visitou o Rio de Janeiro, com certeza ouviu falar em Tijuca, Itaipu, Ipanema, Jacarépaguá, Itapeba, Pavuna e/ou Maracanã. Em São Paulo, quem não conhece Itaim, Itaquaquecetuba, Butantã, Piracicaba, Jacareí e Jundiaí? Não importa onde se viva, qualquer brasileiro teve contato com uma infinidade de palavras de origem indígena, sobretudo da língua tupi - guarani (união entre as tribos tupinambá e guarani), como carioca, jacaré, jabuti, arara, igarapé, capim, guri, caju, maracujá, abacaxi, canoa, pipoca e pereba. Mas não foi na língua portuguesa que tivemos influência indígena.

 

Sua herança e contribuição para a formação da cultura brasileira vai além: passa da comida à forma como nos curamos de doenças. Os índios, através de sua forte ligação com a floresta, descobriram nela uma variedade de alimentos, como a mandioca (e suas variações como a farinha, o pirão, a tapioca, o beiju e o mingau), o caju e o guaraná, utilizados até hoje em nossa alimentação. Esse conhecimento das populações indígenas em relação às espécies nativas é fruto de milhares de anos de conhecimento da floresta. Lá, eles experimentaram o cultivo de centenas de espécies como o milho, a batata- doce, o cará, o feijão, o tomate, o amendoim, o tabaco, a abóbora, o abacaxi, o mamão, a erva-mate e o guaraná.

 

Outro benefício que herdamos da intensa relação dos índios e a floresta é em relação às plantas e ervas medicinais. O conhecimento da flora e das propriedades das plantas os fez utilizá-las nos tratamento de doenças. Por exemplo, a alfavaca que tem função antigripal, diurética e hipotensora, ou o boldo que é digestivo, antitóxico, combate a prisão de ventre e pode ser usado também nas febres intermitentes (que cessam e voltam logo) são descobertas dos índios utilizadas no nosso dia a dia. O artesanato também não fica de fora. Bolsas trançadas com fios e fibras, enfeites e ornamentos com penas, sementes e escamas de peixe são utilizados em diversas regiões do país, que sequer têm proximidade com uma aldeia indígena.

 

Cenas de bullying por parte dos colegas e racismo por parte do próprio sistema se reproduzem em escolas de todo o Brasil. Mais de um século após o fim da escravidão, o país que mais Segundo Chang Whan, pesquisadora e curadora do Museu do Índio do Rio de Janeiro, embora nós tenhamos o costume de separar a cultura indígena da cultura brasileira, essa dissociação não está correta. “A cultura brasileira resulta da conjunção de muitas influências culturais, inclusive temos todas essas contribuições dos índios, com a influência na toponímia (nome dos lugares), na onomástica (nomes próprios), na culinária e no tratamento de saúde utilizando as ervas medicinais. Portanto, não devemos fazer essa dissociação”, explica.


ESTUDO ORIENTADO

1- Faça um resumo de no mínimo 20 linhas(total), dos textos I, II e II:

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Que os sonhos possam nascer
Na alma pura de Ser Humano
Que eles possam também crescer
Como as ideias e os pensamentos.
MSc. Maria Nazaré Ribon Silva

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