"Devia ter amado mais/Ter chorado mais/Ter visto o sol nascer/ Devia ter arriscado mais/ E até errado mais/ Ter feito o que eu queria fazer." Amar... Amar as diferenças e as semelhanças. A vida é feita de sentimentos e de escolhas. Quando se escolhe viver na Paz é preciso adotar o Amor como sentimento. Quando se escolhe viver em harmonia é preciso adotar a paciência como atitude. Quando se quer viver as vitórias é preciso adotar a dedicação e a perseverança como companheiras constantes. Não se pode esquecer que cada ser é único com suas peculiaridades. Disciplina: Estudo Orientado. Objetivos: Compreender a formação do povo do Espírito Santo. Professor: Mariana. Que não percamos o foco! Que o Amor a paciência e a perseverança sejam sempre atitudes adotadas por todos. Bons estudos, nobres alunos!
Texto I -
Povos indígenas no Espírito Santo
Heranças
culturais indígenas
O cupuaçu, o caju e a farinha de mandioca são algumas das influências culturais indígenas na sociedade brasileira. Quando pensamos nos primeiros povoadores do Brasil, a chegada dos portugueses nos vem à cabeça. Mas isso está mudando, pois em alguns livros didáticos já temos presente a história dos povoadores indígenas como as primeiras populações que habitaram o território brasileiro.
Do ano de 1500, momento da chegada dos europeus, até os dias atuais, a população indígena diminuiu drasticamente, de três a cinco milhões de índios para, atualmente, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), 358 mil índios.Mesmo depois de os povos indígenas terem passado pelo processo de conquista e extermínio, eles nos deixaram diversas práticas culturais. Demonstrar algumas dessas práticas presentes em nossa sociedade será o nosso objetivo neste texto. Segundo o folclore brasileiro, existia a lenda do curupira (ser habitante das florestas brasileiras), cuja principal atribuição seria proteger animais e plantas.
Sempre recorrente nas lendas, o curupira tinha os pés com calcanhares para frente para confundir os caçadores. Conforme o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o curupira não existiu, mas os indígenas tinham o hábito de andar para trás, para confundir os europeus e bandeirantes.A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas. Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou estudo, a primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços. Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando estão em suas casas.O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas. Quase sempre os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de suas ocas (suas habitações nas aldeias).
A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti). Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade.
A
influência cultural indígena
na sociedade brasileira não para por aí: a
língua portuguesa brasileira também teve influência das línguas indígenas. Várias palavras de origem
indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras
ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras
que são utilizadas como nomes próprios
(como o parque
do Ibirapuera, em São Paulo,
que significa, “lugar que já foi mato”,
em que “ibira” quer dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que já foi. O rio Tietê em São Paulo também é
um nome indígena que significa
“rio verdadeiro”). Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira uma diversidade cultural
que foi importante para a formação
da população brasileira.
TEXTO III
Influência da cultura indígena
em nossa vida vai de nomes à medicina
É provável
que você conheça
alguém chamado Ubiratan
ou Jacira. Pode ser também
Iracema, Tainá, Cauã ou
Jandira. Quem vive ou já visitou
o Rio de Janeiro, com certeza ouviu falar em Tijuca, Itaipu, Ipanema, Jacarépaguá, Itapeba,
Pavuna e/ou Maracanã. Em São Paulo, quem não
conhece Itaim, Itaquaquecetuba, Butantã, Piracicaba, Jacareí
e Jundiaí? Não importa onde se viva,
qualquer brasileiro já teve contato
com uma infinidade de palavras
de origem indígena,
sobretudo da língua
tupi - guarani (união entre as tribos tupinambá e guarani), como carioca, jacaré,
jabuti, arara, igarapé,
capim, guri, caju,
maracujá, abacaxi, canoa,
pipoca e pereba.
Mas não foi só na língua
portuguesa que tivemos
influência indígena.
Sua
herança e contribuição para a formação da cultura brasileira vai além: passa da comida
à forma como nos curamos
de doenças. Os índios, através
de sua forte ligação com a floresta,
descobriram nela uma variedade
de alimentos, como a mandioca
(e suas variações como a farinha, o pirão, a tapioca, o beiju e o mingau),
o caju e o guaraná,
utilizados até hoje em
nossa alimentação. Esse conhecimento das populações indígenas em relação
às espécies nativas
é fruto de milhares de anos de conhecimento da floresta. Lá, eles experimentaram o cultivo de centenas de espécies como o milho, a batata- doce, o cará, o
feijão, o tomate,
o amendoim, o tabaco, a abóbora, o abacaxi, o mamão, a erva-mate e o guaraná.
Outro benefício que herdamos da intensa
relação dos índios e a floresta é em relação
às plantas e ervas medicinais. O conhecimento da flora e das propriedades das plantas os fez utilizá-las nos tratamento de doenças. Por exemplo, a alfavaca que tem função
antigripal, diurética e hipotensora, ou o boldo que é digestivo, antitóxico, combate a prisão
de ventre e pode ser usado também
nas febres intermitentes (que cessam e
voltam logo) são descobertas dos índios utilizadas no nosso dia a dia. O artesanato também não fica de fora. Bolsas trançadas com fios e fibras, enfeites
e ornamentos com penas, sementes
e escamas de peixe são utilizados
em diversas regiões do país, que sequer têm proximidade com
uma aldeia indígena.
Cenas
de bullying por parte dos colegas
e racismo por parte do próprio sistema se reproduzem em escolas de todo o Brasil. Mais de um século após o fim da escravidão, o país que mais Segundo
Chang Whan, pesquisadora e curadora do Museu do Índio do Rio de Janeiro, embora nós tenhamos o costume
de separar a cultura
indígena da cultura brasileira, essa dissociação não está correta. “A cultura brasileira resulta da conjunção de muitas influências culturais, inclusive temos todas essas contribuições dos índios, com a influência na toponímia (nome dos lugares),
na onomástica (nomes próprios), na culinária
e no tratamento de saúde utilizando as ervas medicinais. Portanto, não devemos fazer essa dissociação”, explica.
✔ESTUDO ORIENTADO
1- Faça um resumo de no mínimo 20 linhas(total), dos textos I, II e II:
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